quinta-feira, 12 de maio de 2011

PLANO DE AULA


Plano de aula

Exploração do trabalho infantil

Duração da atividade: 2 aulas

Objetivos:

  • Conceituar o que se entende por exploração do trabalho infantil.
  • Identificar os motivos que levam à exploração de crianças.
  • Compreender o papel do Estado frente à exploração do trabalho infantil.

Encaminhamentos:

  • Para dar início à atividade, o professor deverá questionar os alunos sobre o que eles compreendem por trabalho infantil;
  • Promover um debate permitindo que todos exponham suas ideias.
  • Listar no quadro os motivos que levam à exploração infantil citados pelos alunos, e intervir de forma a acrescentar nesta lista outros motivos não comentados por eles. Na sequência, esta lista deverá ser registrada no caderno.
  • Complementar a discussão diferenciando para os alunos trabalho infantil de atividade infantil.
  • Na sequência fazer leitura interpretativa do texto “Crianças de 5 anos trabalham em lavouras no sul do Brasil”, retirado do site http://trabalhoinfantilm.blogspot.com/, analisando a exploração do trabalho infantil ali apresentado e suas consequências.
  • No projetor multimídia assistir com os alunos os vídeos:
A infância roubada
Exploração do trabalho infantil UNICEF
  • Num segundo momento solicitar aos alunos que façam um desenho que expresse o que sentem e pensam em relação ao que foi discutido e assistido, utilizando folha de sulfite, lápis de cor, canetinhas, giz de cera ou tinta guache de diversas cores.
  • Ao término dos desenhos, os alunos deverão socializar com toda a turma suas produções e na sequência organizarão um painel com todos os desenhos com o título: “Exploração do trabalho infantil: dura realidade!”
  • No laboratório de informática os alunos deverão pesquisar o google web, algumas ações do Estado frente à exploração do trabalho infantil.
  • Após a realização de pesquisa os alunos farão um breve comentário para seus colegas do que pesquisaram e o que mais lhe chamou a atenção.


Avaliação:


Produção de texto, conceituando o que entenderam por exploração do trabalho infantil, relacionando os motivos que levam à exploração infantil e as ações adotadas pelo Estado frente a essa exploração.


Anexo :

CRIANÇAS DE 5 ANOS TRABALHAM EM LAVOURAS NO SUL DO BRASIL



Nesta época do ano, as pequenas roças do sul do Paraná ficam vazias - um dos principais produtos agrícolas da região, o fumo, já foi colhido. Mas o trabalho continua dentro dos milhares de galpões e estufas espalhados por todo lado. E é onde centenas de crianças estão perdendo a infância.
Comecei a trabalhar aqui com 8 anos. Só que com 8 anos eu não pegava no pesado”, conta um menino. Antes de o fumo estar pronto para ser entregue para a empresa compradora, vem a fase mais demorada de todo o processo: é preciso separar e classificar folha por folha. “Estou fazendo uma boneca”, diz uma menina.
Boneca é o nome dado aos maços de fumo que já foram selecionados. Uma família inteira trabalha dentro do galpão: pai, mãe e os três filhos, o menino de 12 anos, a menina de 8 anos e o irmão mais novo. As mãozinhas frágeis dele já conhecem bem o trabalho - o menino tem apenas 5 anos. Na casa, duas crianças têm responsabilidades de adultos. “O mais velho chega a ganhar, trabalha igual a um adulto. A menina é um pouco mais fraca, mas ajuda bastante”, afirma a mãe.
Por pressão da lei e controle dos professores, em geral as famílias não tiram as crianças da escola, mas elas passam a enfrentar uma jornada dupla. “Cedo eu estudo, depois do almoço eu vou trabalhar. De vez em quando eu brinco”, relata a menina.
Pior são as férias. O período sem escola coincide com a colheita e, sem aula, o trabalho dura o dia inteiro. “Nas férias, tem que ir quase todo dia. Tem vez que é pesado”, reconhece a menina. Na colheita do fumo, o corpo do trabalhador entra em contato com a folha verde e o organismo absorve grandes quantidades de nicotina. Os problemas para a saúde são enormes.
Nos adultos, os sintomas são fortes. Nas crianças, são devastadores. “A gente passa mal, não sei por quê. Começa a dar vômito”, queixa-se o menino.
Quem se beneficia do trabalho dessas crianças e adolescentes não são as famílias, mas indústrias fumageiras, que se enriquecem”, denuncia a procuradora do Trabalho. “As empresas estão muito tranqüilas quanto aos contratos, que são legais. E quanto às ações do Ministério Público, as empresas estão agora tomando suas medidas”, responde o presidente do Sindfumo Iro Schunke.
Fonte: Fantástico/Globo.com


Um comentário:

  1. muito bom... sugiro o documentário do programa A LIGA para complementar
    http://www.youtube.com/watch?v=12bhboChEuI

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